quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Capítulo 175


- Carro da Juliana?
- É. Eu tenho certeza, é essa placa mesmo. – Sem pensar sai andando.
- Luan! Você não pode ir até lá. – Ouvi Jéssica gritar de longe e olhei para trás, voltei a olhar para frente e a andar. Ouvia algumas pessoas do restaurante falando para Jéssica, não me deixar ir até lá. Apressei mais meus passos e quando vi, já estava correndo em direção ao pequeno tumulto que se formava ali.
- Com licença ... – Eu empurrava as pessoas, que estavam na minha frente. Arregalei meus olhos quando tive a certeza do que pensava, Juliana sangrava ainda dentro do carro, que estava virado de ponta cabeça.
- Juliana! – Me abaixei e as pessoas falavam para mim não mexer nela.
- Não mexe, cara. Pode ser pior, o Samu já está a caminho.
- Meu Deus ! – Me sentei no chão com as mãos no rosto, que já se molhavam pelas lágrimas. Ver Juliana ali, dentro daquele carro todo amassado, virado de ponta cabeça e ainda desacorda e com a cabeça sangrando, foi de acabar comigo de vez. Ouvi alguém pedindo licença atrás de mim e logo uma mão tocar meu ombro, me virei.
- Jéssica?
- Luan...Meus Deus! – Ela olhou para frente e colocou a mão na boca.
- Lu-luan? – Ouvi uma voz baixinha, olhei para frente e Juliana tinha seus olhos abertos.
- Ju! Fica calma, eu estou aqui. – Segurei em sua mão sem jeito, não sabia como tocá-la.
- Vamos embora, Luan. – Jéssica se aproximou e eu a olhei sem reação.
- Se você quiser, você vai. Vou ir para o hospital com ela. – Quase joguei a chave do carro em cima dela.
- Então eu vou, odeio ficar vendo essas coisas. – Olhei para ela com raiva e ela saiu novamente, pedindo licença a todos. A ambulância chegou e me afastaram do carro, colocaram Juliana na maca e pediam para ela ficar calma, pelo que vi, chorava. Entrei na ambulância como seu acompanhante e antes de fecharem as portas, vi um grupo de meninas correndo em nossa direção e depois perguntando o que tinha acontecido, com certeza fãs que ficaram sabendo do ocorrido. Falei para levarem Juliana para o melhor hospital de São Paulo e assim fizeram, desci com ela e os acompanhei até uma porta, que não me deixaram entrar. Uma enfermeira me levou para uma sala de espera e lá, liguei para os meus pais e os pais de Juliana que estavam ali, foi a parte mais difícil. Depois de quase meia hora, os vejo vindo em minha direção, me levantei e abracei minha mãe forte.
- O que aconteceu? – A mãe de Juliana, me perguntava nervosa.
- Ela sofreu um acidente, eu estava almoçando em um restaurante e vi. – Quase não conseguia falar.
- Meu Deus, Juliana nunca foi de andar correndo, o que será que houve. – Ela estava realmente muito nervosa. Olhei para minha mãe, que me repreendia com o olhar , parei pra pensar e cheguei a conclusão que ela poderia ter visto eu e Jéssica almoçando juntos. Olhei para baixo e fechei meus olhos, se Juliana bateu o carro por minha culpa, por te me visto com outra, nunca iria me perdoar, jamais.
- A culpa disso tudo, é sua. – Abri meus olhos, quando ouvi a voz de desprezo do pai de Juliana.
O olhei e seu olhar não era diferente, estava me sentindo culpado mesmo.
- Não fala isso, não é culpa de ninguém. – A mãe dela, mesmo chorando me defendia. Ele me encarou e eu voltei a olhar para baixo, senti os braços da minha mãe em minha volta.
- Parentes de Juliana Moraes? – A voz do médico ecoou pela sala.
- Somos nós. – Me manifestei rápido e ainda segurava as lágrimas.
- Ela teve um traumatismo craniano...
- E isso é grave?
- Não foi leve, mas também não está no grau três. Que é o mais grave.
- Então não foi muito grave?
- Vamos se dizer que não, ela não corre risco.
- Graças a Deus ! – Coloquei a mão no peito e suspirei alto.
- Mas, ela está em coma induzido.
- Hãn...Está em coma? – Voltei a me alterar.
- Calma, coma induzido é efeito de sedativos. Quando acharmos que ela está melhor e que já pode acordar, vamos parar de dar o sedativo.
- E isso vai demorar muito?
- Vamos ver, se ela reagir bem aos medicamentos, eu vou pode acordá-la.
- Ela vai acordar bem, não é? – Só eu perguntava, acho que todos queriam saber as mesmas coisas.
- Vamos ver.
- Vão ver? – Falei alto e minha mãe segurou em minha mão.
- É, não sabemos. Bom...É só isso, qualquer coisa eu volto até aqui, tenho que ir ver os outros pacientes.
Ele se foi, antes mesmo que respondêssemos. Fiquei o resto do dia ali e a noite, conseguiram me convenser de ir para casa, tomar um banho e comer algo, para depois voltar, os pais de Juliana ainda ficariam por lá.

5 comentários:

  1. Luan é o culpado :/
    Espero que a Juliana fique boa logo
    @OrgulhoLuanR_

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  2. Para de me fazer chorar! E ainda por culpa sua fui zoada pq tava lendo na rua ='( kkkkkkkkkkkkkk Continua LOGO! Please. @banhodeluacomls

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  3. Ainda bem que ela não corre risco. E o Arthur como vai ficar quando souber? Meu Deus!
    Ainda bem que Luan sabe que ele é o culpado.

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  4. Nossa a Ju tem q ficar bem logo : /
    A culpa nao foi dele, ela pediu o divórcio ele tava tentando seguir em frente afinal a vida nao pode parar e ele nao ia adivinhar q a Ju ia passar la bem na hora q ele tava almoçando com a piranha...
    Continuaaaa negaa
    @HellenAraujooh

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  5. Tadinha,mas ainda bem que ele tem consciencia de que tem uma boa parcela de culpa nisso,mesmo que inderetamente por ter sacaneado tanto com ela,e ela fez tudo e muito do que podia por ele,uma pena.Mas quero que eles voltem,que ele cuide dela,mesmo que seja reconquistando ela aos poucos e que se livre desse Jéssica destruidora de lares.

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