Capítulo 120

                                                                        {...}

No quarto mês de gestação, fui a minha médica com Luan saber o sexo do bebê. Era a terceira vez que ia fazer a ultra-som, Luan estava preocupado por minha barriga não ter crescido muito, mesmo a médica falando que era normal.

Chegamos ao seu consultório e logo entramos, cumprimentamos ela e já fui vestir a roupa para começar. Me deitei na maca e Marina levantou minha blusa passando um gel gelado.

- Ansiosa ... - Eu disse.

- Já disse para você que não pode, Ju. – Marina falava sempre que eu dizia estar ansiosa. – Na hora do parto isso não é uma boa.

- Nem me lembre. – Fiz careta. 

- (risos) Lembro sim, porque pelo que tudo indica vai ser normal.

- Acho que não consigo.

- Para com isso, Juliana! – Luan disse. 

- Isso mesmo, Luan. Acalma sua mulher aí. – Marina riu. 

Colocou o aparelho em minha barriga e o monitor se acendeu, mesmo todo mês indo ver o meu filho ali, eu sempre ficava boba quando via o monitor.

- Preferência ?

- Nenhuma. – Luan respondeu. 

- Anda logo, Marina.

- Calma, Juliana !

Ela olhou mais um pouco e eu insistia para que falasse logo, parecia que estava me torturando de propósito. Mas ela dizia que tinha que olhar direito e me falar certo.

- É uma princesa. – Ela falou e nós sorrimos. 

- Sério ?

- (risos) Sério !

- Que lindo, cara ! Vou ter trabalho agora.– Luan passava as mãos pelos cabelos, fazendo eu e Marina ri. 

Saímos dali felizes por saber que eu estava esperando uma menina, paramos em um restaurante e almoçamos, Luan já fazia planos.

- E o nome em, amor ? – Ele dizia enquanto comia. 

- Não sei, Lu ... Depois nós decidimos. – Sorri. 

Voltamos para casa e Arthur já tinha chegado da escola, pedi Luci para ir buscá-lo.

- Hei, meu príncipe. – Cheguei na cozinha, onde ele comia. 

- Mamãe ! – Ele desceu da cadeira e me abraçou. – Viu se é uma irmãzinha ou irmãozinho ?- Ele dizia enquanto eu me sentava, com ele em meu colo. 

- (risos) Não esqueceu ? Vi sim, meu anjo ... – Havia falado com ele o motivo que não iria o buscar, naquele dia. 

- Não, mamãe. Eu quero saber !

- (risos) É uma menina. – Ele sorriu e me abraçou. 

Apesar de pequeno sempre foi atencioso e carinhoso comigo. Luan entrou na cozinha e se sentou ao nosso lado rindo. 

- Vai ajudar o papai a cuidar dela, não vai ?

- Vou.

- Não pode namorar, né ?

- Não ! – Luan dizia e ele respondia, fazendo eu e Maria ri. 

 À noite vimos filme comendo pipoca na sala e quando Arthur adormeceu, Luan o colocou em seu quarto e depois fomos dormir.

                                                                {Meses depois}

Já estávamos no mês de abril, oitavo mês de gestação e por incrível que pareça ninguém estava desconfiando de nada, tinha tirado licença e Luan decidiu que Luci ficaria sempre ali  para levar e buscar Arthur. Não me deixava fazer nada e nem sair sozinha, já estava ficando chato, todo dia a mesma coisa. Mas resolvia não falar nada, do jeito que Luan era, iria ficar chateado e acabaríamos em uma briga daquelas, então preferia ignorar e me contentar em ficar em casa a toa o dia inteiro mesmo. O meu aniversário, de Luan e Arthur já tinham passado. O meu e o de Arthur fizemos só um jantar para os mais íntimos mesmo e até Arthur não quis festa grande como sempre quis todos os anos. Luan fez uma grande festa na fazenda de seu empresário, já comemorava seus trinta anos, apesar de parecer que fazia vinte. Foram bastante pessoas, fizemos uma roda de viola na madrugada e no outro dia ainda fizemos um churrasco pela tarde.

Luan estava duas semanas fora, estava sentada no sofá trocando os canais da tv, já que nada me agradava e Luci tinha ido buscar Arthur na escola, depois de fazer o almoço.

Escutei algumas vozes e olhei para porta, Luan entrava com Arthur em seu colo que ria.

- Ué, não ia vim amanhã ? – Perguntei me levantando. 

- Ia amor, mais deu para vim hoje. – Ele selou nossos lábios. – Não me queria aqui, é ?

- Sabe que não, me sinto sozinha também ... Sem você aqui. – Fomos para cozinha. 

- Por que não chama sua mãe, pra ficar aqui com você  ?

- Acho que ela vem na semana que vem. Você não vai viajar ?

- Faz isso. Vou sim, mais é só uma semana.

- Então, depois ela aparece aqui quando o bebê nascer.

- Ai todo mundo vai vim mesmo ...

- Cadê a Luci? – Me sentei ao seu lado.

- Encontrei com ela indo e falei que podia ir, que eu buscava o Arthur.

- A ta !

- Hum...Não pode ficar chamando nossa filha de bebê. Daqui a pouco nasce e nem colocamos um nome ainda. – Luan disse enquanto comia. 

- É, depois veremos isso.

Almoçamos e depois fui trocar a roupa de Arthur, Luan tomou seu banho e descemos de novo para a sala.

- Que nome podia ser, em ? – Ele passava o braço por trás do encosto do sofá, enquanto eu me sentava ao seu lado e Arthur no chão. 

- Não sei. Fala alguns que você gosta.

- Eu goste de Nicole, Ana, Rafaela ...

- Não ! Nicole eu não gosto, Ana é o nome da minha mãe e Rafaela é o feminino do seu segundo nome.

- (risos) E o que tem, mulher ?

- Ah não, amor !

- Nicole é bonito sim, Ana a gente pode fazer uma homenagem a sua mãe. – Ele deu de ombros. – E o que você tem contra minha filha ser minha xará ? – Ele cutucou minha costela e eu pulei. 

- (risos) Para ! Não tenho nada contra, ué ... Mais sei lá.

- (risos) Ta bom então, vamos ver outros.

- Ah ! Tem um que eu acho lindo, mas acho que você não vai gostar.

- Fala !

- Pelo menos meu pai não gosta muito. - Ri lembrando, que eu dizia ao meu pai, que quando tivesse uma filha colocaria aquele nome e ele fazia careta sempre. - Helena !

- Ta aí, gostei !

- Sério ?

- Lindo o nome, amor ... Helena !

- Também gosto.

- Seu pai não gosta ? 

- Não muito. – Eu disse e nós rimos. 

Falamos para Arthur que o nome de sua irmãzinha iria ser Helena e ele gostou, liguei para minha mãe para contar e Luan ligou para sua.

- Vamos contar para os fãs ? – Luan disse assim que desligou seu celular. 

- Vamos ? – Sorri. 

- Pra que essa felicidade toda ?

- Não agüento mais ficar em casa. – Cruzei os braços fazendo bico e Luan selou nossos lábios. 

- Tadinha da minha bebê ... – Fiz careta e ele riu. 

Luan enviou uma sms para sua assessora que logo retornou a ligação, conversaram por um tempo e decidiram que era a hora de contar.

- Vai ser por uma twitcam, topa ?

- Claro, amor.

Luan ajeitou o computador em seu colo, para que não pegasse minha barriga e anunciou em seu twitter que queria falar com eles por lá.

Capítulo 119

- Ele quem ?

- O homem que estava atrás de você.

- Sei lá, acho que estava bêbado.

- Não gosto disso ! – Me virei para frente, voltando a dançar. 

Continuamos curtindo a balada, mais dessa vez Luan não se soltava de mim e quando ia falar com alguém me levava junto, quando quis ir ao banheiro foi um custo para me deixar sozinha, tive que ir para perto da Bruna. Não falava nada para não causar brigas.

A noite se passou e chamei Luan para ir embora quando já era quase quatro horas da manhã, chamamos Bruna e suas amigas também e fomos para o hotel.

Acordei no outro dia e Luan ainda dormia, troquei de roupa e fiz um coque mal feito em meu cabelo. Olhei no relógio que marcava duas horas e fui até o quarto da mãe de Luan pegar Arthur, que com certeza já tinha acordado.

- Muito obrigada, Marizete ! Espero que não tenha dado trabalho. – Falei enquanto pegava Arthur em meu colo. 

- Quê isso, minha filha. Não deu trabalho nenhum ficar com meu neto. – Agradeci mais uma vez e voltei para o quarto. 

Coloquei Arthur em cima da cama, que dizia estar com fome, tinha acabado de acordar também.

- Que preguiçoso, filho, dormiu cedo ontem e acordou só agora ? – Ele se deitou ao lado de Luan e eu liguei para recepção pedindo um lanche para nós. 

Me sentei ao seu lado e ele subiu em cima de Luan, ficando deitado em sua bunda .

- Seu pai vai ficar bravo. – Eu falava mais não adiantava, ele sacudia Luan. 

- Posso mais dormir não, é ? – Luan disse ainda de olhos fechados e eu fiz careta olhando para Arthur que ria e fez careta também. - Em ? – Ele puxou Arthur de suas costas e começou a fazer cócegas, a campainha tocou e eu me levantei para pegar o lanche. 

Comemos na cama em meio a brincadeiras e gargalhadas gostosas de Arthur. Passamos o dia no quarto já que Luan dizia cansado e não queria se levantar.

À noite tomei meu banho primeiro e enquanto me arrumava, Luan entrou no banheiro com Arthur.  Arrumei o pequeno enquanto Luan se arrumava e nos sentamos na cama o esperando acabar.

Fomos para o local do show, que assim como no primeiro dia estava completamente lotado e com muitos repórteres e vários artistas também.

O show foi ótimo como sempre e dessa vez Arthur dançou, cantou e se soltou mais, resolvemos voltar direto para o hotel mesmo.

Luan ainda pediu algumas coisas para comer quando chegamos no quarto, escondido de Guto. Não quis comer e fui me trocar enquanto ele e Arthur atacavam aquilo tudo.

Acordamos no mesmo horário no outro dia e Luan ligou para seus pais, para descermos para almoçar. Comemos comentando sobre o ótimo show e depois voltamos para os quartos, sairíamos em vinte minutos.

                                                                       {...}

Chegamos em casa e eu me joguei no sofá, levando uma bronca de Luan depois. Tomei um banho, já que estava muito calor e Luan se trocou e trocou Arthur também. Saí do banheiro e escutei a voz dos dois lá em baixo, com certeza estavam no vídeo game.

Desci as escadas e como o esperado realmente estavam jogando, me sentei ao lado de Arthur.

- Me da um controle ai também.

- Não, amor ...

- Não, mãe ! Você é menina. – Os dois falavam.

- Ah é assim ? Ta bom então, vou fazer um sanduíche bem gostoso e não vou dar para nenhum dos dois. – Me levantei de braços cruzados, fazendo bico.

- (risos) Brincadeira, amor ... Pode jogar !

- É né, seu interesseiro ! Vou fazer o sanduíche. – Passei por eles.

- Faz para nós também amor, por favor.

- Vou fazer, chato ! – Disse rindo.

Fiz os sanduíches e voltei para sala, pausaram o jogo e comeram comigo. Depois voltaram a jogar e eu fiquei deitada no outro sofá com meu notebook, às vezes ria deles.

Capítulo 118

Entramos no camarim depois de um tempo, começou a chegar os amigos de Luan e os meninos que estavam em seu escritório, encheu o camarim.

A assessora de Luan avisou que já começaria o show, então nos despedimos dele e fomos para o camarote, deixei Arthur sentado com Marizete mais atrás e fui até na frente com Bruna, falar com as meninas que estavam ali, já que era bem baixo.

O show foi ótimo como sempre, durante os shows algumas fãs me chamavam para falar algo e eu ia até eles, conversei e tirei fotos com muitas.

Fomos de volta para o camarim, assim que acabou e continuava lotado, Luan já tinha trocado a camisa, pelo a que tinha chegado e bebia água, enxugando seu suor com uma toalhinha.

- Bora para Woods ? – Ele perguntou assim que deu seu último gole. 

- Vamos !  – Bruna respondeu animada. 

Suas amigas também aceitaram e quase todos que estavam ali também.

- Vamos, amor ? – Luan se aproximou de mim, estava com Arthur no colo. 

- Não sei, amor ... Arthur ta cansado ! Dançou muito, não é filho ? (risos) – Olhei para ele que encostou a cabeça em meu ombro. 

- Minha mãe fica com ele.

- Não quero dar trabalho ...

- Não vai ! pode ir tranqüila . – Marizete se aproximou de nós. 

- Não precisa mesmo, Marizete.

- Claro que precisa. Vão sim, você precisa de divertir também. – Sorri para ela. 

- Mas vamos passar no hotel primeiro, amor ? – Perguntei Luan. 

- Por mim tudo bem. – Ele deu de ombros e foi avisar a todos, que primeiro passaríamos no hotel. 

Fomos para o hotel e eu entreguei Arthur a mãe de Luan, assim que chegamos em nosso andar, agradeci mais uma vez e entrei no quarto. Luan foi para o banheiro tomar um banho e eu fui separar outra roupa, estava com calor, pensei que estaria mais frio. Me troquei, retoquei a minha maquiagem e penteei mais uma vez meus cabelos.

- Vai assim ? – Luan me olhou dos pés a cabeça, já estava pronto. 

- Vou, por que ? – Olhei para baixo procurando algo de errado. 

- Com essa blusa ? – Ele abaixou minha blusa. – E esse short ? – Ele ergueu uma sobrancelha me olhando. 

- Para de neura, Luan.

- Não é neura, não ! Juliana, agora você é uma mulher casada.

- E vou deixar de ser só por uma roupa ? Quero aproveitar que ainda não estou gorda. – Fiz bico cruzando os braços e ele me olhou por um tempo.

- Tudo bem, fazer o que né. – Ele bufou e eu sorri beijando seu rosto. – Vamos agora?

- Calma, amor ! Vou tirar uma foto primeiro.

- Vai lá, então.

Peguei meu celular e entrei para o banheiro, fazendo pose em frente ao espelho.

                                                   

                                             “ Bora curtir ? Foi massa o show hoje, em galera ! “

  

Saí do quarto de mãos dadas com Luan e encontramos os outros na recepção.

Chegamos na balada e estava lotada, muitos pararam Luan na entrada.

- E ai Luan ? Ta bem hoje em ... – O repórter de um programa de humor entrevistava Luan e me olhava. 

- (risos) To bem, não to rapaz ? Mais tira o zói que é minha. – Luan entrava na brincadeira. 

- Quero uma dessa também, onde encontro ?

- Ai eu já não sei. - Ele riu.

- Você não me apresenta uma amiga, não? – Dizia o repórter, para mim. 

- (risos) Minhas amigas são comprometidas.

Logo entramos e fomos para grade do camarote, já começava um dos shows da noite, uma dupla sertaneja.

- Quer beber alguma coisa, amor ?

- Pega para mim?

- Já volto. – Luan saiu e eu me virei prestando mais a atenção no show.

- E ai, cunhada ? – Bruna se aproximou. 

- Oi, Bruna.

- Depois tem show de funk, ta sabendo?

- Sério ? Não sabia.

- Sério ! Eu gosto e você ?

- Adoro também !

- Vou ali. – Ela apontou para onde estava seu grupo de amigas. 

- Vai pegar geral. - Ri.

- Não posso. – Ela fez bico, lembrando Luan. 

- Por que ?

- (risos) Depois te conto.

- Quero saber mesmo. – Falei e ela se afastou rindo. 

Luan chegou com as bebidas e me deu um copo. Ficamos curtindo o show e logo o outro show começou, como Bruna havia falado era de funk.

Comecei a dançar e ria das caretas que Luan fazia, ele se afastou um pouco cumprimentando um amigo e eu continuei onde estava, dançando.

Virei para trás para ver se Luan já estava voltando e tinha um rapaz parado me olhando, falou algo que eu não compreendi e saiu, não demorou muito para Luan se aproximar.

- O que ele queria ? – Ele segurava em minha cintura. 

Capítulo 117

- Pode falar, filho. – Marizete disse. 

- Então, Juliana está grávida ! – Ele disse sorrindo e logo os olhares de todos foram para mim. 

Sorriram também e me abraçaram, um de cada vez.

- Que venha com muita saúde. – Bruna disse passando a mão em minha barriga. 

- Se Deus quiser, Bru.

- Tomara que seja uma menina agora, não é ? – Ela disse com sua voz meiga e fez bico, rimos. 

- Mas está bom também se vim outro moleque. – Amarildo disse passando a mão na cabeça do Arthur. 

- Claro que está. – Dessa vez foi Marizete. 

- Não quero irmão. – Arthur disse e nós o olhamos. 

- Por que, filho ? – Perguntei. 

- Quero irmã.

- (risos) Não quer dividir as coisas, né ? Pode ficar tranqüilo, porque se for menino não vai dividir nada não. – Luan disse, nos fazendo ri. 

Liguei para meus pais também e contei a notícia, ficaram felizes e minha mãe eufórica e ansiosa como sempre. Ficamos conversando e até perdemos a noção do tempo, já eram 16:00hrs quando levantamos e fomos cada um para seu quarto, Bruna me chamou para me arrumar em seu quarto e eu aceitei.

Tomei um banho e sequei meus cabelos no secador, coloquei uma roupa qualquer mesmo, depois trocaria. Luan chegou junto de Arthur, que já queria se jogar em sua cama, Luan pediu um quarto com mais uma cama de solteiro para ele, mas não deixei e coloquei os dois para o banheiro, que tomaram banho juntos.

Me sentei na pequena poltrona que havia ali enquanto eles tomavam banho, liguei a tv e entrei na minha rede social pelo celular, conversei um pouco com elas e depois me levantei, tirei uma foto que tanto pediam.

                                         

                                           “ Quem vai hoje ? Bora quebrar tudo, galera ... “

Conversei mais um pouco com elas e vi os comentários na minha foto, dizendo que ainda parecia ter dezessete anos, ri. Recebi uma sms de Bruna me chamando para se arrumar lá, peguei minha roupa, acessórios, sapato e maquiagem.

- Vai a onde ? – Luan saia do banho enrolado em uma toalha, assim como Arthur. 

- Me arrumar no quarto da Bruna.

- A ta. Não demorem !

- Isso serve para você também ... – Passei perto dele e selei seus lábios, beijei Arthur e saí do quarto. 

Confesso que eu e Bruna demoramos um pouco para nos arrumar, coloquei uma calça preta de couro, scarpin vermelho, uma blusa estilo cropped e um max colar da cor do sapato. Bruna fez minha maquiagem, arrumei as coisas enquanto ela fazia a sua.

- Vamos, Bruna ? – As amigas de Bruna entraram no quarto, nos assustando. 

- Quer nos matar ? (risos) Juliana não pode se assustar.

- (risos) Tudo bem ? – Abracei todas. 

- Por que não pode ? – Ana se virou para Bruna. 

- Está grávida. – Ela disse enquanto ainda fazia a maquiagem. 

- Sério ? Que bom !  – Lígia disse e me abraçaram novamente. 

Apressamos Bruna e saímos do quarto, encontramos com todos saindo de seus quartos ao mesmo tempo e rimos com a coincidência, segurei a mão de Arthur e fomos para elevador.

Chegamos ao local do show e Luan só roía suas unhas, já estava cansada de tirar sua mão de sua boca, estava lotado como sempre e tinha mais repórteres do que eu imaginava.

Falamos com todos que estavam ali e Luan foi dar entrevista e falar com um por um, resolvi ficar o esperando em uma canto com Arthur e o resto do pessoal foi o esperar em seu camarim. Ria com os programas de humor que tinha ali, tentavam me entrevistar mais eu sempre dizia que era tímida, eles riam e faziam alguma piada comigo, só não dei entrevista, mas conversei com todos que chegavam até mim e perguntavam se podiam publicar pelo menos uma foto ou algo que eu falasse. A assessora de Luan se aproximou e eu a olhei pedindo permissão, ela balançou a cabeça confirmando e então disse que podia, logo depois fazendo pose com Arthur para as fotos, que se transformaram em mil, quando os outros viam que eu estava fazendo pose para uma vinham correndo. 

Capítulo 116

- Amor, to grávida ! – Gritei e ele me colocou no chão e me pegou de novo, só que dessa vez com cuidado.

Me beijou com gosto, beijo bom, quente e com pegada. Senti suas mãos passeando em minha perna e cortei o beijo.

- Me coloca no chão, Luan. – Falei manhosa. 

- Coloco. – Ele riu e se ajoelhou me colocando deitada do chão. 

- Para (risos) Me coloca direito.

- (risos) To colocando, uai. – Ele me deitou e veio por cima de mim se apoiando em seus cotovelos, me beijou. 

Escutamos uma vozinha e olhamos para cima, Arthur descia as escadas devagar e desengonçado.

- Quero pipoca. – Ele disse quando chegou até nós. 

- (risos) Vamos fazer, manda seu pai gordo sair de cima de mim.

- Quem é gordo ?

- Mentira, amor. Deixa eu levantar vai.

- Não ...

- Deixa, papai. – Arthur puxou seu braço e ele riu se levantando. 

- Sentem direitinho lá, homens da minha vida ! Já volto. – Preparei a pipoca na cozinha e voltei para a sala. - Vai falar com seus pais, que eu estou grávida quando ? – Perguntei enquanto me sentava ao seu lado e comia.

- Amanhã.

- Ah é, eles vão também ?

- Vão. – Ele comia a pipoca e olhava para a tv. 

- Vou contar para os meus depois, então.

- Ta. – Revirei os olhos e parei de conversar com Luan, com ele vendo seu jogo. 

Subi para meu quarto e fiquei no computador um pouco, conversando com os fãs de Luan  e depois arrumei nossas malas e as de Arthur.

Quando vi que o jogo já tinha terminado desci, Luan me chamou quando me viu e me puxou para seu colo. Ficamos mais um pouco ali e depois fomos levar as coisas que sujaram para cozinha. Já estavam todos cheios e de banho tomado, então nos deitamos todos juntos e dormimos.

Acordei no outro dia e algo me balançava, me virei e Luan estava ajoelhado do lado da cama, já arrumado.

- Já, amor ?

- Já, paixão. Você dormiu demais.

- Nossa ! E você já se arrumou ?

- To ansioso também. 

- (risos) Sabia.

Me levantei e fui me trocar no banheiro, gritei Luan e o pedi para que trocasse Arthur para passar um pouco sua tensão, ele riu e foi. Me arrumei um pouco rápido e o sono ainda me possuía, estava com sono dobrado igual na gravidez de Arthur.

Fui até o quarto do pequeno e o vi cantando enquanto Luan o arrumava e ria, sorri e voltei para o quarto, peguei as malas e saí novamente.

- Olha como sua mãe é, Arthur. Parece criança ! – Luan dizia a Arthur. - Sabe que não pode pegar peso. – Ele se virou para mim e pegou as malas da minhas mãos, revirei os olhos. 

- E nem adianta fazer essa cara, eu estou certo.

- Posso pegar pelo menos a mochila do Arthur ?

- Ta pesada ?

- Não.

- Então pega, se tiver pesada você vai ver. – Revirei os olhos mais uma vez e entrei no quarto de Arthur. 

                                                                    {...}

Chegamos em Porto Alegre e ainda era cedo, Luan tinha nos acordado bem cedo mesmo, fomos direto para o hotel. Marizete, Amarildo e Bruna já estavam lá, deixamos as coisas no quarto e descemos para almoçar com eles, no restaurante do hotel. Ficamos conversando e comendo a sobremesa depois do almoço.

- Gente ... Quero contar uma coisa pra vocês. – Luan disse e todos o olharam. 



 " Fico feliz q estão gostando, amores. Bem vinda leitora nova e ainda tem muito pr acontecer, espero q continuem gostando. "

Capítulo 115

Fomos para a academia a pé mesmo, não era muito longe dali e já aproveitávamos para fazer um exercício.

Chegamos à academia e eu coloquei meus fones no ouvido, fui para uma esteira e Luan foi para outra, acompanhado de Guto, que só então me dei conta que estava ali.

Malhamos uma hora e meia, Luan sempre me olhava com a cara emburrada e eu sorria para ele, Guto me ajudou um pouco também e disse que era melhor malhar só até uns três meses mesmo.

Voltamos para a casa e Arthur veio correndo até nós, agradeci Maria por ter ficado um tempo a mais cuidando dele e ela logo se foi, tomei um banho enquanto Luan via tv com Arthur e depois o dei um banho também, enquanto Luan tomava o seu.

- Mãe quero ver lá. – Ele apontou para a porta. 

- Quer ver a onde ?

- No seu quarto.

- Vamos lá, então. – Desliguei sua tv e o peguei no colo. 

Luan trocava de roupa no quarto, liguei o aquecedor por estar esfriando um pouco e peguei um edredom, me deitei com ele na cama.

- Vem, papai ... – Ele chamou Luan com a mãozinha, que logo se deitou ao seu lado. – To com sono. – Arthur disse manhoso. 

- (risos) Dorme, uai. – Luan disse. 

- Beijo de boa noite. – Ele disse e nós rimos, cada um beijou um lado de sua bochecha. – Mamãe ta com sono também ?

- To amor, vou dormir com você. – Me juntei mais a ele. 

- Beijo na mamãe também, papai. – Ele disse e Luan sorriu se erguendo um pouco e beijando minha bochecha e depois selou meus lábios. 

- (risos) Boa noite, sua teimosa. Te amo !

- Não sou teimosa, amor. Você que é cabeça dura. – Fiz bico e ele selou nossos lábios mais uma vez. 

- (risos) Vamos dormir. – Arthur disse e nós rimos, nos mandou ficar quietos e agarrou e eu Luan fechando os olhos. 

                                                                      {...}

Já haviam se passado duas semanas, eu e Luan havíamos decidido contar para os fãs que eu estava grávida só mais tarde, quando a barriga já estivesse completamente grande. Luan achou melhor e eu também.

Luan estava na sala emburrado depois de me chamar para passar o final de semana com ele em Porto Alegre, onde seria gravado uma parte de seu dvd e no outro dia teria mais um show. Tinha faltado por uns dias no hospital e não estava podendo faltar e para piorar não tinha ninguém para trocar comigo, falei com Luan que iria no segundo dia que cairia no domingo, mais do mesmo jeito ele não aceitou. Liguei para o diretor do hospital e quase implorei para que faltasse no sábado, levei um puxão de orelha e com muito custo ele deixou. Desci as escadas e Luan via jogo do corintians, me sentei ao seu lado e ele nem me olhou.

- Amor. – O chamei e ele continuava olhando para a tv, roendo as unhas. – Luan, fala comigo poxa, por favor !

- O que foi, Juliana ? Fala logo que eu quero ver o jogo.

- Nossa ! só queria te falar do final de semana ...

- Ah já sei, vai falar que não vai poder porque trabalha e blá blá blá . Não quero ouvir !

- Para de graça e me ouve.

- Já disse que não quero ouvir. – Ele aumentou a tv em um gesto infantil e eu bufei. 

- Eu vou com você sim, seu chato. – Eu disse alto e ele me olhou abaixando a tv. 

- Vai ?

- Vou né, para de graça agora e me da um beijo que eu mereço. – Eu disse e fiquei de joelhos em cima do sofá, ao seu lado. 

- Não ta merecendo nada, não.

- (risos) To sim, vai. Eu levei puxão de orelha por sua causa. – Fiz bico e ele riu, se aproximando e selando nossos lábios.

- Sabia que não ia me deixar na mão, amor.

- Eu amo você, insuportável !

- Quem é insuportável ? – Ele ergueu uma sobrancelha me olhando e eu me levantei rindo do sofá, já prevendo o que iria acontecer. – Vem aqui vem.

- Você que é. – Mostrei minha língua para ele e saí correndo. 

Não demorou muito e senti uma mão em minha barriga, logo outra em minha perna, meus pés saíram do chão e eu gritei.

Capítulo 114

*

Quando Guilherme disse que eu estava grávida, quase caí da cadeira que estava. Era a ultima coisa que estava pensando, não me lembro de não termos nos protegido e minha menstruação realmente estava atrasada, mas era sempre assim.

- Não brinca comigo, Guilherme !

- E quem disse que estou ? O Arthur vai ganhar um irmão, ou irmã. – Olhei para Luan e ele me olhava também. - Vou deixar os dois sozinhos por alguns minutos, vou aproveitar e marcar consulta para você com Marina de novo.  Mesmo esquema da outra vez, beleza ? – Guilherme perguntou se levantando. 

- Tudo bem.

- Ótimo, já os chamo. – Ele saiu da sala. 

- E ai ? – Luan sorriu. 

- Não sei. (risos) Cara, eu esperava sim ter outro filho, mas bem mais para frente.

- Eu to feliz, meu amor ... Mais um filho. – Ele se aproximou e selou meus lábios. 

- (risos) Eu também estou. – O abracei. 

Saímos da sala antes mesmo de Guilherme nos chamar, acho que só precisávamos ficar por um tempo a sós mesmo, fomos para sala de Marina que ficou tão surpresa quanto nós. Ela passou alguns remédios fracos para enjoo e marcou para o outro mês uma ultra-som, já que só estava de um mês. Saímos de lá felizes, paramos em um restaurante que Luan costumava a freqüentar e comemos por lá mesmo.

Chegamos na escola de Arthur atrasados e ele reclamou por isso, foi resmungando até em casa.

- Meu amor, nós atrasamos por um bom motivo. – Nos sentamos no sofá assim que chegamos. 

- Qual? – Ele cruzou os braços. 

- (risos) Você vai ter um irmãozinho ou irmãzinha, não sei.

- Sério ? – Ele sorriu animado. 

- Sério, filho.

- Ta feliz ? – Luan o perguntou. 

- To ! Quando eu vou poder brincar com ele ?

- Só daqui a alguns meses, filho. – Eu o respondi. 

- Ah ... Mas passa rapidinho. Não é, papai ?

- Passa sim, filho.

- Ele ta aqui, mamãe ? – Ele colocou sua mãozinha gorda em minha barriga. 

- Ta sim, meu amor. Daqui a pouco ela cresce mais. – Ele sorriu curioso olhando para minha barriga. 

- Eu também tava ai ?

- Tava sim, me chutou demais até, viu. – Eu disse e ele riu, o fiz cócegas e mordi sua bochecha. 

Voltei do trabalho com Arthur, no outro dia disposta, o deixei na cozinha com Luan, que almoçava e subi para o quarto. Coloquei minha roupa de malhar, Luan também iria com certeza pelos seus trajes. Fui até o banheiro e tirei uma foto para minha rede social, como sempre costumava a fazer.

        

                                    “ Bora malhar, que hoje eu to disposta em galera haush “

  

Desci as escadas rápido antes que Luan saísse, escutei sua voz ainda na cozinha e fui até lá.

- Bora, amor ?

- Bora pra onde, Juliana ? – Ele olhou para trás, erguendo uma sobrancelha. 

- Malhar, você não vai ? – Peguei uma maça em cima da mesa. 

- Eu vou, você não. – Ele voltou a comer e eu parei a maça dentro da boca, o olhando incrédula. 

- Por que não ? Vou sim !

- Você está grávida e não pode.

- Estou grávida e não morta. Quem te disse isso ?

- Eu sei ...

- Para de graça, Luan. Eu sou médica e sei, posso malhar ainda por um tempo sim !

- Tudo bem, Juliana. – Ele se virou e voltou a comer. 

- Eu malhei na gravidez do Arthur até os três meses. – Me sentei ao seu lado. 

- Na gravidez do Arthur eu não estava para te impedir, agora acabou o assunto. – Revirei os olhos. 

Odiava quando Luan cortava o assunto e a sua ultima palavra que valia, como se eu que fosse sua filha, sabia que ele se preocupava mais às vezes passava um pouco dos limites. Era orgulhoso e eu também, por isso sempre bufava quando ele dava a ultima palavra mais não falava nada para não discutirmos, dois cabeças duras. 

Capítulo 113

*
A minha vida estava corrida, mas confesso que estava gostando da vida de casado, imaginava algo mais chato e por isso a insegurança no começo.

Cheguei de viagem um certo dia e Juliana não estava bem, a deitei em meu colo e ela adormeceu o dia inteiro, fiquei brincando com Arthur por um tempo e logo ela acordou.
Dormiu cedo de novo à noite, acordei de manhã com o despertador dela apitando e ela nem se mexia na cama. Desliguei-o e me levantei, tomei um banho para despertar e fui acordar Arthur, que estranhou assim que me viu, mas falei para ele que eu iria o levar aquele dia e ele se animou.
Tomamos café um pouco rápido já que estávamos um pouco atrasados e o levei para escola, desci do carro e o levei até sua sala. A atenção de todos estavam voltadas para mim, cumprimentei Bianca quando a vi e brinquei com Luíza que estava tímida como sempre, me despedi de Arthur e voltei para casa.

Juliana acordou um pouco depois e tomou um susto quando viu a hora, se sentando rápido na cama, fechando os olhos com força logo em seguida. Estava arrumando o cabelo e me aproximei dela.
Ela queria ir trabalhar mas eu a convenci a ficar em casa, descemos para tomar nosso café assim que ela se arrumou e quando viu a mesa cheia de comida que Maria havia preparado, fez careta e correu para o banheiro, fui atrás preocupado e bati na porta por diversas vezes, depois de alguns minutos na porta daquele banheiro, Juliana abriu a porta com o rosto pálido e os cabelos bagunçados.
- O que você tem, Ju ? Vamos pro médico agora e nem adianta falar que não. – Falei rápido enquanto passava as mãos pelo cabelo.
- Calma, Luan ! Não é nada, deve ser uma virose, que logo passa. – Ela disse calma e quando ia abrir a boca para protestar ela fez careta novamente e voltou para o vazo, colocando tudo para fora.
- Ta vendo, não é virose coisa nenhuma ! Vamos para o médico já. – Eu falava enquanto segurava seus cabelos.
Depois de alguns minutos ela se levantou com o rosto mais pálido do que já estava e mais nervoso eu fiquei.
- Vamos logo.
- Tudo bem, Luan. – A convenci e a sai puxando para fora do banheiro.
Falei com Maria, que levaria Juliana no médico e enquanto ela pegava sua bolsa, fomos para o hospital que ela trabalhava e a recepcionista que a conhecia, claro. A encaixou em um horário com o doutor amigo dela.
- Ué doutora Juliana, não veio trabalhar hoje e está aqui ? – Ele se levantou assim que entramos e brincou com Juliana.
- Pois, é Guilherme, to ruim hoje e insistiram para vim aqui, sabe ? – Ela me olhou de lado e eu revirei os olhos indo, cumprimentar o doutor.
- (risos) Pois fizeram muito bem. – Sorri e nos sentamos de frente para ele. –
Juliana falou o que estava sentindo enquanto ele anotava tudo, no final passou exames e disse que só receitaria os remédios e a examinaria depois de prontos.
Saímos da sala e já fomos encaminhados para outra, Juliana não queria fazer os exames naquele dia mais eu achei melhor. Segurei sua mão quando foi tirar sangue, apesar de não ter medo de agulha e ela sorriu com meu gesto, ainda bem que não tinha comido nada. Fez outros exames e mais uma vez me sentei com ela na recepção insistindo para esperar os resultados que sairiam em uma hora.
- Luan, meu amor. A gente vai ficar aqui uma hora ? – Juliana segurava meu rosto fazendo eu a olhar.
- Juliana, meu amor . A gente vai ficar aqui sim e esperar, para ver o que você tem ! – Falei firme e a olhei sério, ela se virou para frente com os braços cruzados e a cara amarrada.
O tempo passou e eu me levantei indo até a cantina, comprei um suco para Juliana e voltei para onde estávamos, a entreguei e ela fiquei lhe olhando, ela tomou tudo sem reclamar.
Depois de uma hora a recepcionista nos chamou para entrar de novo na sala do doutor.
- Então, já está aqui o resulto ... Eu já abri e era o que eu esperava. – Ele sorria.
- O que é, Guilherme? Fala para o Luan que não é nada de mais, por favor. – Ela se sentou ao meu lado.
- Mais ou menos, não é Ju.
- Como assim mais ou menos ? – Dessa vez eu perguntei.
- Mais logo passa.
- Não falei ... – Ergui uma sobrancelha a olhando. –
- Mais demora um pouco.
- Um pouco, quando ? – Perguntei e  Juliana o olhou também, prestando a atenção.
- Daqui uns... – Ele fez uma pausa olhando os papeis em sua mão e eu me assustei. – Oito meses.
- O que ? Por que ? – Juliana se assustou.
- (risos) Vou ser mais claro. Parabéns papais ! – Olhei para Juliana e sua feição era realmente de quem estava muito assustada.

Capítulo 112

                                                                    {...}

Dois meses haviam se passado, estava com a mesma rotina de sempre, Luan continuava viajando muito. O tempo passou rápido e parecia que ainda tínhamos uma semana de casados.

Estava no hospital trabalhando e não me sentia muito bem, mais mesmo assim atendia as pessoas marcadas, quando enfim terminou peguei minhas coisas rápido e sai. Passei na escola de Arthur, que como sempre, ia falando sem parar dentro do carro e minha cabeça quase explodia. Chegamos em casa e a tv estava ligada, porém a sala vazia, deixei a mochila de Arthur em cima do sofá e fui em direção da cozinha, encontrei com Luan vindo.

- Estava esperando você, amor. – Luan me beijou e logo se abaixou, dando um abraço em Arthur. 

- Não sabia que vinha hoje ...

- Pois é, ultima hora. Por que ? Não gostou de me ver ?

- Ai Luan. – Fiz careta e voltei para a sala, me jogando no sofá, Luan veio atrás com Arthur em seu colo. 

- O que você tem, amor ? – Ele perguntou e logo senti sua mão em minha testa, estava com os olhos fechados.

- Dor.

- De que ?

- De tudo ? - Falei grossa.

- Nossa ! Ta bom, mas também não precisa falar assim, não tenho culpa. – Ele disse e eu abri meus olhos, o olhando. 

- Desculpa, mas é que estou com isso desde cedo. – Fiz careta. 

- Por que não veio embora ? Não pode ficar sentindo dor, amor.

- Vai passar. – Suspirei e me deitei no sofá. 

Arthur saiu correndo para cozinha e Luan puxou minha cabeça para seu colo.

- Vai sim. – Ele se curvou e beijou minha testa. 

Fechei os olhos e não vi nem ouvi mais nada. Acordei e estava com aquela sensação de quem dormiu por anos, olhei para os lados e Luan não estava mais ali, escutei risadas vindo da cozinha e fui até eles.

- Até que enfim bela, adormecida ! – Ri de leve e me sentei ao lado dele. – Ainda está com dor, amor ? – Ele perguntou passando as mãos em meus cabelos. 

- To ... – Minha voz saiu rouca. 

- Vamos para o médico ?

- Não precisa ...

- Para com isso, claro que precisa !

- Não Luan, Maria já foi embora e não tem com quem deixar Arthur. –Ele fez careta e bebeu seu suco. 

Coloquei Arthur para dormir cedo, como de costume e fui para o quarto onde Luan via tv, tomei um banho rápido e voltei para a cama me deitando do seu lado.

- Deita aqui, amor. – Ele me puxou mais para si e fez carinho em minha cabeça, adormeci. 

Acordei no outro dia e olhei no relógio em cima do criado mudo, me sentei de uma vez na cama quando vi que tinha perdido a hora, minha cabeça rodou e eu fechei os olhos.

- O que foi ? – Escutei a voz baixa de Luan e sua mão em meu rosto. 

- Não foi nada, só minha cabeça que rodou.

- Você não acordou com o despertador e eu resolvi deixar, já levei o Arthur.

- Obrigado, amor, mas deveria ter me acordado. Não avisei ninguém que não iria trabalhar hoje.

- Depois você fala que estava passando mal.

- Tudo bem. – Suspirei. 

- Você não vai mais no consultório, né ?

- Não te avisei ? Só atendo lá agora, umas cinco vezes no mês, achei melhor.

- É, eu também acho.

- Mas tem uma médica lá junto com Guilherme, ela me pediu e eu deixei.

- Vamos descer e comer agora ?

- Vamos. – Me levantei devagar e fui até o banheiro. 

Desci as escadas de mãos dadas com o Luan e quando vi aquela enorme mesa cheia de comida na cozinha, meu estômago embrulhou e fiz careta.

- O que foi, Ju ? Não gosta dessas coisas ? – Maria se aproximou. - 

- Não, Maria ... Eu gosto.

- Mas sabe o que é ? Ela está passando mal e não quer ir no hospital.

- Não acredito, Juliana !

- Que exagero, gente. – Acabei de falar e fui para o banheiro, quando vi Luan passando um pouco de requeijão em seu pão.

- Ju, abre aqui. – Luan batia na porta, enquanto eu colocava tudo para fora. 

Fiquei um tempo ali e Luan batia na porta, aparentemente nervoso. 

Capítulo 111

Não demorou muito para estarmos em Londrina, o pai de Luan já nos esperava no estacionamento. Well pegou nossas malas e seguiu atrás de nós, enquanto eu segurava a mão de Arthur e ia na frente com Luan.

- E ai, pai. Beleza ? – Luan abraçou seu pai. 

- Beleza, filho e você ?

- Tudo ótimo, rapaz.

- Tudo bem, minha filha ? – Ele me abraçou sorrindo. 

- Tudo ótimo e como vão as coisas por aqui ?

- Vocês podiam morar mais perto de nós, mas está tudo em paz. (risos) E esse garotão aqui ? Cada dia ta maior.– Ele pegou Arthur, que riu. 

Seguimos para a casa de Luan, conversamos bastante pelo caminho, tinha um pouco de trânsito. Quando entramos o cheiro de bolo estava em toda casa.

- Hum, que cheiro bom, em ! – Ri de Luan e fomos até a cozinha, onde Marizete e Bruna preparavam um bolo. 

- Cheguei gente ... Tudo bem, mãe ? – Ele a abraçou. 

- Poderia estar melhor se tivéssemos mais perto de vocês. – Ela pegou Arthur e me abraçou, enquanto Luan abraçava sua irmã. 

- Sentindo muito a minha falta, pi ? – Ele perguntou a Bruna, que revirou os olhos. 

- Nem um pouco. (risos) Brincadeira ! – Ele desarrumou os cabelos dela e eu fui a abraçar enquanto ria. 

Sentamos a mesa e Marizete colocou a comida ali, estavam nos esperando para almoçar, mesmo cheia comi um pouco, assim como Luan e Arthur.

Fomos para a sala e ficamos conversando, Amarildo disse que teria que dar uma saída e Marizete o acompanhou, depois passaria no super mercado. Bruna me chamou para tomar um banho de piscina e eu aceitei. Troquei a roupa de Arthur primeiro, que correu até a piscina com Luan e depois me troquei, desci com Bruna que também estava se trocando e fomos até a piscina, onde estava Luan e Arthur bagunçando.

- Olha a bagunça. – Bruna gritou enquanto andávamos. 

- Da língua para sua tia chata. – Luan disse com Arthur no colo e a criança obedeceu. 

- Não pode dar língua para sua tia e nem para ninguém, Arthur. Para com isso, Luan ! – Eu disse enquanto os dois gargalhavam, me ignorando completamente. 

Me sentei em uma espreguiçadeira e Bruna em outra, peguei meus fones de ouvido e os coloquei, acho que até cochilei um pouco. Acordei com uma sombra em minha frente.

- Ta doida, muié ? Dormi nesse sol ... – Luan disse. 

- Nem dormi.

- Ah não, imagina !

- (risos) Sério.

- Levanta ai, vai ... Vamos ficar na piscina comigo e seu filho. – Me levantei e me estiquei, escutei um clique e olhei na direção de Bruna. 

- Bora postar.

- Ah não, para ! Vai dizer que é foto minha ?

- (risos) É sim, cunhada.

- Ah não Bru, deve está horríve . – Fiz bico enquanto Luan me abraçava por trás e me levava até a escada da piscina. 

- E tem como você ficar horrível, amor ? – Ele disse em meu ouvido, me arrepiando. 

Entrei na piscina ainda com Luan agarrado em mim e fiz careta pela água gelada, me aproximei de onde Bruna estava com Arthur.

- Deixa eu ver ... – Ela me entregou o seu celular e senti Luan escorar seu queixo em meu ombro, olhei de ladinho para ele, que riu e logo abri a foto. 

     

                                                 

                  “ Cunhada, irmão e sobrinho aqui passando o fds. Tem coisa melhor ? :D “

- Eu sei que você me ama, Bruna. – Luan disse rindo. 

- Ta bom. – Ela o ignorou e se virou para Arthur, ri. 

Passamos o resto do dia em Londrina assim rindo, brincando, fazendo churrasco.

Capítulo 110

Luan passou o resto do dia com a cara amarrada, sei que tinha sido um pouco grossa, mas ele também deveria aceitar o meu trabalho, assim como eu aceito o dele, que também não é nem um pouco fácil.

Coloquei Arthur para dormi a noite e fui até nosso quarto, ele via tv ainda emburrado, suspirei.

- Ainda com essa cara, Luan ? – Me sentei do outro lado da cama. 

- A única que eu tenho ...

- (risos) Para de bobeira ! Eu vou trocar com alguém e ir com você para Londrina amanhã, satisfeito ? – O olhei e ele sorria, logo me puxando para mais perto. 

- Muito. – Selou nossos lábios e me deu um beijo bom . 

- Vem tomar banho, amor. – Falei entre seus lábios. 

- Vamos ? – Ele me olhou. 

- Jura ?

- Uhum, bora ... – Me puxou pela mão e me levou até o banheiro. 

Tomamos um banho sem malícias, mas cheio de carícias e beijos. Depois que saímos, liguei para uma médica conhecida minha do hospital e pedi para que trocasse comigo, já que ela não iria trabalhar no outro dia,  ela aceitou, já que havia feito muitos favores a ela. Nos deitamos na cama e dormimos de conchinha.

Acordei no outro dia e Luan já estava de pé, me sentei na cama o olhando arrumar os cabelos.

- Te acordei, amor? Ainda está cedo.

- Não. E você ta fazendo o que acordado há essa hora ?

- Perdi o sono, acho que é a ansiedade de ver meus pais. 

- (risos) Entendo. Vou aproveitar que perdi o sono também e ligar para a escola do Arthur, avisando o por que faltou de novo.

Fui até a sala e disquei os números da agenda, falei com a diretora que disse que não teria problema e me agradeceu por avisar, falei que na segunda mesmo Arthur estaria de volta, já que era sexta e logo desliguei.

Subi as escadas e Luan estava sentado na cama vendo desenho animado, ri e me sentei ao seu lado.

- Só cresce o tamanho mesmo né ? – Segurei seu rosto e selei nossos lábios. 

- Cresce outras coisas também. – Ele riu, soltei seu rosto e lhe dei um tapa estalado. 

- Doeu, amor.

 - É pra doer mesmo ... Só fala besteira. – Me ajeitei na cama enquanto ele ria. 

Escutei a maçaneta da porta girar e logo o barulho da porta se abrindo, Arthur entrou no quarto esfregando os olhinhos, com sua chupeta na boca e o rosto inchado de sono.

- Mamãe, não fui pra escola hoje de novo. – Ele subiu na cama. 

- Eu sei, meu amor. Vamos viajar hoje. – O ajeitei em meu colo. 

- Pra onde ?

- Para Londrina, vamos ver seus avós. – Ele sorriu e se virou para frente, prestando a atenção no que passava na tv.  - Que horas nós vamos, Luan ?

- Hãn ... antes do almoço, é rápido daqui lá. Podemos almoçar por lá mesmo.

- Ta bom.

- Ah filho, já ia me esquecendo. Trouxe um presente para você lá do Rio de Janeiro. – Ele se levantou e foi até sua mala desarrumada. 

- O que é ? – Arthur perguntou animada. 

Luan tirou primeiro um carrinho e logo depois um controle remoto, veio até a cama  e se sentou de frente para nós.

- Aqui, é facinho de mexe . – Ele entregou o controle Arthur, que se levantou rápido do meu colo. 

- Como fala com o papai ?

- Obrigado, papai, eu amei ! – Ele disse sorrindo. 

- De nada, filho.

- Da muitos beijos nele agora. – Ele riu e agarrou o pescoço de Luan. 

- Isso mesmo e tira essa coisa feia da boca. – Luan disse e tirou sua chupeta da boca, pela primeira vez não se importou e desceu da cama se apoiando em Luan. 

Ligou o controle e logo o carrinho andou, batendo nos móveis no quarto.

- Eita, assim você vai quebrar a casa inteira, filho. - Ri.

- Deixa eu te ajudar ... – Luan se ajoelhou ficando atrás dele. 

- Não ... Eu sei ! – Ri enquanto Luan fazia careta por mais uma batida. 

Fiquei os observando e depois de um tempo me levantei peguei minha roupa e fui até o banheiro, tomei um banho rápido e me troquei. Voltei para o quarto e Luan ainda lutava com Arthur para poder o ajudar, mais não tinha jeito, ri mais uma vez penteando os cabelos.

- Vão tomar banho e depois vamos descer para comer alguma coisa, já está quase na hora de irmos. – Disse, olhando em meu relógio. 

- Pera ai, mamãe.

- Pera nada, Arthur. Vamos logo ! Levem o carrinho e brinquem lá em Londrina. Anda amor ! – Puxei Luan pelo braço e ele foi até o banheiro fazendo careta. 

- Vem. – Peguei o carrinho do chão. 

- Quero brincar. – Arthur cruzou os braços emburrado. 

- Você vai brincar, mas depois. Agora vem logo para tomar banho.

Inconformado, pegou em minha mão que eu estendia e fomos até seu quarto, dei um banho nele e coloquei uma roupa fresca, fazia calor, penteei seus cabelos que já estavam grandes e saímos do quarto.

- Bora comer para depois irmos, então ? – Luan já saia do quarto arrumado, com sua calça preta, blusa verde, óculos ray ban e boné branco. 

- Uhum. – Desci as escadas em sua frente, segurando a mão de Arthur. 

Comemos o que Maria tinha preparado e voltei para o quarto correndo, arrumei em menos de meia hora nossas pequenas malas e desci com todas. Dispensamos Maria e fomos para o aeroporto em um carro que o segurança de Luan foi nos buscar, iríamos em seu jatinho mesmo. 

Capítulo 109

- O que houve, filho ?

- Nada, queria entrar. – Ele fez biquinho e eu o mordi. – Ai, mamãe !

- Mamãe chata, né ? – Bati em Luan, que resmungo. – Vem dormir com o papai, filho.

Luan o abraçou e cobriu os dois até a cabeça.

- É assim, é ?

Eles continuaram quietos e eu fiz cócegas na barriga de Arthur, que mesmo por cima do edredom se esperneou e riu.

- Vou tomar banho, então. – Me levantei e quando ia passando do outro lado da cama, para ir ao banheiro, Luan se descobriu e me olhou rindo junto de Arthur. 

- (risos) Oh lá em casa ! – Ele  bateu com um travesseiro em minha bunda e eu o olhei indignada. 

- Ai, Luan ! Olha seu filho ai.

- Você que fica desfilando ai nesses trajes na frente dele.

- Mas ele é meu filho.

- Mesmo assim. – Mostrei minha língua para ele e fui para o banheiro. 

Tomei um banho rápido e depois fui até meu closet colocar uma camisola, desci até a cozinha e coloquei algumas coisas em uma bandeja.

Comemos no quarto e depois no deitamos ligando a tv novamente, dormimos já era um pouco tarde.

Acordei no outro dia e como de costume, Luan ainda dormia. Fui até o quarto de Arthur e ele também dormia pesado, voltei para o meu quarto e me arrumei, logo em seguida indo acordar Arthur.

- Acorda, filho.

- Não quero ir hoje ... – Ele se virou. 

- Mais tem que ir, vamos.

- Não, mamãe. – Ele disse manhoso. 

- Meu amor, vamos para a escolinh . A Luíza e os outros já devem estar indo, estamos atrasados.

- Mas eu quero ficar com o meu pai hoje.

- Você vai poder ficar com ele um tempão, vai ficar a semana inteira em casa ... Mas tem que ser depois que vier da escola.

- Por favor, mamãe. – Ele fez bico me olhando e eu respirei fundo, olhando para os lados.

- Psiu ... – Luan entrou no quarto, só de samba canção, bocejando e com os cabelos completamente desarrumados. 

- Já, amor? Volta a dormir.

- To sem sono, amor. Dormi cedo com vocês ontem.

- Cedo ? Já era mais de meia noite.

- (risos) Pra mim é muito cedo. – Ele selou nossos lábios e foi até Arthur, beijando sua bochecha. 

- Vamos lá, filho.

- Papai não quero ir hoje, deixa eu ficar com você ? – Ele me ignorou e olhou para Luan, que me olhou. 

- Não sei filho, tem que ver com a sua mãe.

- É só hoje, eu juro. – Ele fez beicinho. 

- Deixa, amor ... É só hoje mesmo. Promete, não é ? – Arthur confirmou com a cabeça e os dois me encararam.

- (risos) Tudo bem, vai, agora vamos tomar café que eu já estou atrasada. – Eles sorriram e bateram as mãos, me fazendo ri. 

Descemos até a cozinha e tomamos nosso café da manhã, deixei eles na sala deitados no sofá, ainda estavam com cara de sono e fui para meu trabalho.

Passei a manhã no hospital e na hora de ir embora me pediram para ajudar uma médica nova, recém formada, atender uma paciente na emergência que não estava em um estado bom. Acabou que eu ajudei mais ainda ela, fiquei mais algumas horas com ela a ajudando a fazer as coisas, que segundo ela estava perdida por ser nova. Me despedi dela, assim que vi que já estava mais acostumada e disse que depois a ajudaria mais, fui mais tarde que costumava ir para casa e ainda bem que Arthur não tinha ido a escola.

Cheguei lá e os dois almoçavam ainda, já estavam trocados.

- Se comportaram ?

- Até que enfim, amor ... Nossa, que demora ! – Dei um beijo nos dois e me sentei. 

- Imprevistos ... – Fiz careta. 

- Você e seus imprevistos, vida de médico é foda.

- (risos) Mas eu amo minha vida. – Disse antes que ele começasse a reclamar e dessa vez quem fez careta foi ele enquanto eu ria. 

Almoçamos e depois fui para o quarto, tomar um banho enquanto eles viam tv na sala.

Passamos a tarde como todas as outras, Arthur estava mais agarrado ao Luan, o que era um problema quando as começassem as viagens.

- Amor, esqueci de te contar. Vamos amanhã para Londrina ?

- Amanhã, Luan ?

- É, uai. Meus pais me ligaram hoje.

- Eu trabalho.

- Só amanhã, vai ? Você quase não falta, troca com alguém.

- Tenho que ver ...

- Poxa, Ju, por favor ! Estou com saudades dos meus pais.

- E eu também estou dos meus, mas não posso ficar faltando o trabalho assim.

- Nossa em ...

- Só disse a verdade. – Dei de ombros enquanto ele me fitava. 

- Ta bom, Juliana ... Não precisa também. Antes de ir viajar, passo um dia lá com o Arthur. – Ele se virou para frente emburrado.