Capítulo 105

No outro dia acordei e Luan continuava dormindo, fui até o meu consultório e havia poucas consultas, Guilherme também não iria. Acabei tudo rápido e voltei para casa, Luan estava sozinho na sala.

- Cadê Arthur, amor ? – Me sentei ao seu lado e o beijei. 

- Ta tomando banho, não vamos comprar os trem dele hoje?

- Vamos sim, depois do almoço.

- Então ...

- Você vai também ?

- Claro, uai.

- Não é perigoso, amor ?

- Claro que não, Ju. Poxa quero comprar com meu filho o material escolar dele. – Ele fez bico e olhou para baixo, segurei em seu queixo e o fiz olhar para mim. 

- Oh amor, me desculpa ! Mas eu só quero seu bem, sei que aqui em São Paulo é complicado de sair assim.

- O cirilo vai comigo e não se preocupa, eu gosto de fazer coisas normais às vezes. – Ele sorriu de lado. – E agora que eu sou pai, vou fazer as coisas com o meu filho.

- Claro, me desculpa. – Ele sorriu e puxou meu rosto, me beijando. 

Arthur desceu com Maria e eu a agradeci por ter o arrumad . Luan foi tomar seu banho enquanto eu arrumava a mesa  e me sentava com Arthur. Comemos todos juntos e depois fui até meu quarto me trocar :

                                         

Desci as escadas e os dois já me esperavam.

- Hum que lindos, vamos ?

- (risos) Vamos.

Peguei Arthur em meu colo e dei uma das mãos para Luan segurar.

- E cheirosos 

- Sempre né, filho ? 

Ri do bobo do Luan e entramos em seu carro, fomos até um shopping que Luan descobriu, mais discreto. Compramos as coisas de Arthur, que estava adorando tudo e depois fomos até uma sorveteria, voltamos para casa e já escurecia.

Arthur estava cansado e dormiu em meus braços, o coloquei na cama e fui para o meu quarto, Luan já estava deitado. Me troquei e me deitei ao seu lado, ficamos assistindo um filme que passava e na metade eu adormeci.

No outro dia a rotina foi normal, fora às fotos de nós andando pelo o shopping em todas as páginas da Internet e revistas de fofocas. Não sabia como tinham conseguido tirar as fotos, não tinha visto nenhum paparazzi. Confesso que estava adorando a vida de casada e Arthur estava mais feliz ainda, porque iria entrar em uma escola, mexia toda hora em suas coisas e me perguntava que dia começaria, fazendo eu e Luan (que ainda estava de folga, e só voltaria fazer show na terça feira.) ri.

A semana se passou normal e mil maravilhas como qualquer vida de recém casados, na segunda não iria trabalhar para levarmos Arthur na escola. Acordei primeiro e Luan acordou também com o barulho que fiz sem querer.

- Desculpa, amor.

- Que isso, paixão! Era para me chamar mesmo. Ainda vou tomar banho.

- Pra que, Luan ? A gente só vai ali na escola. – Revirei os olhos enquanto ele ria e me roubava um selinho. 

- Uai, amor, a pessoa tem que andar bem e cheirosa né.

- Ata pessoa, então vai logo.

Fui até o quarto de Arthur e arrumei suas coisinhas e seu uniforme.

- Vamos acordar, bebê ?

- Já ? – Ele caçava os olhinhos. 

- (risos) Já sim, amor. Tem que se acostumar.

- Não quero. – Ele fez bico, típico de Luan. 

- Mais tem ... Hoje é a escolinha, não quer mais ? – Falei e ele me olhou, direito agora. 

- Quero ...

- Então anda, bebê, levanta pra gente tomar banho e depois comer.

- Meu pai vai também ?

- Claro que vai, tá se arrumando.

Ele se levantou em um pulo e foi correndo para o banheiro que tinha em seu quartinho mesmo, ri e fui logo atrás. Dei banho em Arthur e depois o vesti com o uniforme azul e branco da escola, penteei seus cabelos molhados que já cresciam, peguei sua mochila do bem dez e desci de mãos dadas com ele.

- Já, Luan ? – Coloquei a mochila de Arthur em cima da cadeira e me sentei ao lado de Luan. 

- Já , sou rápido.

- Sei .. – Ele riu. 

Comemos e Arthur foi o primeiro a acabar e nos apressava, Maria ria comigo.

Chegamos em frente a sua escola e todos já entravam, não queria que Luan saísse mas ele queria e Arthur também, então fui vencida. Todos os olhares se direcionaram para nós, a coordenadora da escola que estava no portão sorriu, peguei sua mochila e Luan o deu a mão.

- Agora você vai com a tia, filho. – Eu falei quando nos aproximamos da mulher. 

Arthur me olhou com os olhinhos pequenos, de quem não queria mais queria ficar na escola.

- Querem levar ele até a sala ? Acho melhor.

- Podemos ?

- Mais é claro ! Me acompanhem. – Ela sorriu simpática e nós a seguimos. 

Entramos na sala e todos os pais ainda estavam com seus filhos, por ser o primeiro ano de todos que eram novinhos como Arthur.

- Beijo, filho, fica bem e não faz bagunça. – Luan disse rindo e o abraçou. 

Coloquei suas coisas em cima da mesinha e me abaixei.

- Meu amor à mamãe e o papai já vão, mas você vai ficar com a tia e os coleginhas, vai ser legal. Fica direitinho, viu ? – Beijei seu rostinho e ele assentiu com a cabeça.