Capítulo 72

Depois do show, Rober disse que Luan iria para minha casa, então resolvi ir na frente com Arthur e depois alguém de sua produção o deixava lá.

Cheguei em casa e só deu tempo de tirar os meus e os sapatos de Arthur, o coloquei sentado no tapete peludo do chão e me joguei no sofá, a campainha tocou e eu fiz careta levantando.

- Entra aí ... – Luan colocou sua mochila em cima do sofá e se sentou na outra ponta, me sentei ao seu lado.

- O que você queria falar comigo ? – Ele perguntou mastigando seu chiclete.

- Arthur anda muito bagunceiro, acho... Que sente sua falta. - O olhei.

- Acha que é por isso que anda bagunceiro ? – Ele arqueou uma das sobrancelhas.

- Acho.

- Juro que vou tentar vir mais aqui, realmente tô na correria. Vem cá filho. – Arthur o olhou e eu já sabia que não iria, o puxei de leve pelo braço e Luan o pegou. - O que aconteceu. em ? – Ele mexeu no colar que Luan tinha no pescoço.

- Fala com seu pai, Arthur. – Ele continuou em silêncio.

- Deixa...Vamos tomar um suco, tem ai ? – Luan me olhou.

- Tem.

- Vamos, filho ?

- Vamos. – Arthur disse e Luan foi para cozinha com ele.

As horas se passaram assim, Luan tentava falar com Arthur mais era em vão, sentaram no chão e ficaram brincando. Fomos dormir, o dia já amanhecia.

Acordei no outro dia e já era bem tarde, Maria não iria. Fui até a cozinha e coloquei algumas coisas na mesa, escutei Arthur me chamando e fui até o quarto, o troquei e voltei para cozinha com ele. Luan se sentava na mesa.

- Bom dia.

- Boa tarde, né. - Ri.

- (risos) É. – Beijou o rosto de Arthur e me sentei com ele em meu colo.

Comi as coisas e oferecia Arthur que recusava, graças a Deus, já tinha parado de mamar no peito.

- Não vai comer nada, Arthur ? – Luan perguntou passando manteiga em seu pão.

- Não.

- Vai sim, come um pãozinho com suco.

- Não quelo. – Ele fez bico cruzando os braços.

- Não pode ficar sem comer, tom . – Luan o passou um pão.

- Não ! – Ele falou alto e afastou, suspirei.

- Fala baixo, anda come. – Ele negou novamente. – Vai ficar de castigo se continuar assim.

Luan falou e ele me olhou querendo chorar, não deu um minuto e caiu no choro. - Para de pirraça, Arthur. – Luan disse e o choro só aumentou.

- Para filho .. – Ele colocou a cabeça em meu ombro. – Vou fazer seu mama, você quer ?

- Quelo.

- Fica aqui com seu pai então. – Fui o colocar no colo de Luan e ele grudou em meu pescoço.

- Não.

- Para de graça, Arthur. - Olhei para ele séria.

- Mãe ... – Ele chorava de soluçar, respirei fundo mais uma vez e fui fazer sua mamadeira com ele em meu colo.

Dei seu mama em silêncio enquanto Luan apenas me olhava, Arthur dormiu em meu colo novamente e eu o coloquei na cama. Saí do quarto e Luan já estava na sala.

- Arthur ta impossível ...

- Pois é, pra você ver o que eu passo.

- Tenho que melhorar mesmo essa convivência dele comigo, se não vai ser sempre assim.

- Ainda bem que reconhece.

- Sei que está chateada e com razão, mais eu vou dar um jeito nisso...Amo meu filho.

- Eu sei que sim. – O olhei e ele me encarou por um tempo, desvie o olhar assim que começava a ficar vermelha.

O interfone tocou e era a produção de Luan o esperando para ir embora, liberei a entrada e Luan já foi no quarto de Arthur, o deu um beijo e ele só se mexeu  A campainha tocou e a Sabrina estava na minha porta.

- Chama o Luan pra mim, querida ? – Ela sorriu, odiava aquele sorriso cínico.



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