Capítulo 96

Faltando dois meses para o casamento, Luan foi até São Paulo e iríamos juntos ver as comidas e depois Arthur provaria pela ultima vez seu terno, já tinha ido a Londrina alguns dias antes e experimentado meu vestido depois de completamente pronto.

Chegamos à loja e tinha vários bolos nas prateleiras, um monte de doces também e tudo quanto é tipo de comida chique, já tinha falado com Luan que não queria nada daquilo e ele concordou, também não gostava.

- Oi ... Então, a gente veio escolher as coisas. – Falei com a moça que estava no balcão, que assim que olho para cima se assustou com Luan, mas disfarçou. 

- Ah sim, fomos avisados. Vou chamar o gerente que faz questão de atendê-los. – Ela sorriu e saiu.

Olhei para trás e Luan via alguns bolos com Arthur no colo, que tentava pegar algum doce.

- Não deixa ele pegar, Luan.

- Não vou, amor. Vamos provar também, não vamos ?

- Acho que sim. – Dei de ombros, me virando para o balcão novamente.

Vi um homem vindo em nossa direção com uma calça muito justa branca, uma blusa rosa chock, um  sapato de tachinhas, um lenço rosa mais claro na cabeça e um óculos amarelo.

Segurei o riso e olhei para Luan ao meu lado que olhava assustado para “homem”.

- Então você deve ser a ... Juliana, diva ! – Ele disse me olhando, sua voz era engraçada.

- Sou eu mesma, prazer!

- André, meu nome.

- Ah sim André, prazer ! Esse aqui é o ...

- Luan Santana ! Quem não o conhece não, vão vive nesse planeta.

- É (risos)

- E esse pequeno aqui ?

- Arthur, nosso filho.

- Lindo nome, bom gosto. Então vieram aqui ver as comidas, certo ?

- Certo.

- Me acompanhem.

Seguimos ele até outro balcão, nos mostrou um catálogo com vários tipos de bolos primeiro.

- Vou escolher dois.

- Dois ?

- É ... Decidimos que vamos ter uma festa de dia e uma à noite. – Sorri para ele e comecei a folhear o catálogo.

Iríamos fazer uma cerimônia na chácara de dia, só com os amigos mais íntimos e os familiares, teria churrasco e um almoço, com o bolo, é claro. A noite seria a cerimônia na igreja que Luan fazia questão e eu também e a festa no hotel que alugamos. A Lua de mel iria ser em Las Vegas, era para ser uma surpresa mas peguei Luan falando no telefone que nos casaríamos lá de novo, ele ficou um pouco “bravo” no começo, mais depois me resolvi com ele do "nosso" jeito. Adorei a idéia e também não iria questionar, ele sempre disse que fazia questão da cerimônia na igreja mais que também queria algo diferente e não se contentou só com a cerimônia na chácara.

- Gostei desse, amor. O que você achou ? – Apontei para Luan, um bolo.

- Lindo, amor. Mas é muito simples ...

- A gente coloca ele pra chácara.

- Tudo bem, então. – Luan sorriu.

- Ai gente me desculpem ... – André começou a falar e nós olhamos para ele  – Mas ... Eu preciso de um autógrafo desse bofe. - Ele riu.

Luan olhou para mim e eu não agüentei, gargalhei.

- Mais é claro que ele da, não é amor ? – Olhei para Luan ainda rindo e ele fechou a cara pegando a caneta e o papel da mão de André.

- Ai que tudo, vou colar na parede do meu quarto. Ele é mais bonito pessoalmente, não é ? – Ele disse suspirando enquanto olhava Luan, dando seu autógrafo.

- (risos) É sim.

- O filho de vocês também é muito lindo, queria um assim.

- Um dia você consegue (risos). Deixa meu quase marido agora e me ajuda escolher mais um bolo, vai. Se não eu não caso, homi ! Quer roubar ele pra você, é isso ? – Me fiz de indignada e André gargalhou, Luan me fuzilou com os olhos, pisquei para ele e continuei vendo os bolos, mas agora com a ajuda de André.

Depois de resolver como seria o bolo da festa principal, provar alguns doces e André tietar bastante Luan, fomos embora para a loja que estava ajustando o terno de Arthur.

- Até que enfim, cara ! Eu pensei que iria gostar de ficar comendo as coisas, mas aquele homi ficava dando em cima de mim.

- (risos) Que exagero, amor.

- Exagero nada e você ainda ajudava, Juliana. – Gargalhei alto.

Arthur experimentou seu terno e já estava tudo pronto, ficou lindo nele. Não queria mais o seu "terno", mas quando falamos que iríamos passar em um sorveteria, tirou rápido.

                                                                          {...}