Capítulo 103

Ficamos só três dias em Las Vegas e para mim já era o suficiente, estava morrendo de saudades do meu pequeno. Mas um dia foi especial, nosso último dia naquele lugar incrível, como Luan havia prometido, fomos em uma pequena capela próxima do hotel que estávamos. Falamos com o padre e conseguimos oficializar nosso casamento, pela terceira vez, a noite. Me arrumei o máximo que pude e Luan também, apesar de estarmos só nós ali, foi tudo lindo. Foi uma coisa bem íntima e nossa, demos um jeito para tudo que faltava e tiramos bastante fotos para nossa família também. E como qualquer casamento tradicional, jantamos e depois voltamos para o nosso quarto de hotel, para selarmos aquele momento. 

Fomos direto para Londrina, já que depois de muita “briga” Arthur ficou com Marizete e Amarildo. Entramos devagar e não tinha ninguém na sala, escutamos vozes que vinham da cozinha e um gritinho de Arthur, fomos até lá.

- E ai família, sentiram nossa falta ? – Luan chegou falando alto e todos pararam de falar, olhando para nós.

- Pensei que viriam amanhã, meus amores. Tudo bem ? – Marizete abraçou Luan e logo a mim. 

Cumprimentei todos assim como Luan e quando cheguei no meu pequeno o apertei tanto que ele resmungou tentando se afastar, fazendo todos rirem.

- Quem disse que Juliana quis, mãe? Já queria vir embora.

- Tava com saudades do meu filho, ué. – Abracei Arthur novamente. 

- Só quem é mãe sabe, Luan. – Marizete disse e eu concordei.

Nos sentamos a mesa e comemos as coisas que ainda estavam do café da tarde, fomos para a sala e Marizete trouxe doce para todos, Arthur não desgrudava de mim, estava com saudades.

- Vão se mudar quando ? – Minha sogra se sentou do meu lado. 

- Amanhã mesmo a gente já vai, mãe. – Luan disse por mim e ela fez cara triste. 

- Vou te visitar direto, mano, amo São Paulo ! – Bruna bateu palmas animada e Luan fez careta. 

- Nem vem ...

- (risos) Vai sim, Bru. É bom que quando Luan não estiver, você me faz companhia, arruma um gato por lá também. -  Pisquei para ela e Luan me olhou arqueando uma sobrancelha. 

- Para com a palhaçada, Juliana.

- (risos) Mais em ... Todo mundo sabia da casa, menos eu ? – Fiz bico. 

- Eu fiquei sabendo, só quando viajaram, cunha.

- Claro você é fofoqueira. – Luan disse ainda comendo seu doce e Bruna mostrou sua língua para ele, ri dos dois.

Ficamos conversando até de noite, dei um banho em Arthur e o coloquei para dormir comigo e Luan, que logo tomou seu banho também e se juntou a nós na cama, liguei a tv. Não demorou muito para que dormíssemos, estávamos um pouco cansados ainda da viagem.

Acordei no outro dia e Arthur ainda dormia ao meu lado, Luan não estava mais na cama, me levantei e então reparei o barulho do chuveiro. Fui até o banheiro e Luan tomava banho.

- Bom dia, amor.

- Bom dia, paixão. – Fui até a pia e peguei uma pasta de dente.

- Amor, que horas vamos ?  - Falei assim que tirei a escova de dente da minha boca. 

- Daqui a pouco, já são quase 14:00hrs.

- Sério ? Então tá ...

- Vai tomar banho ?

- Vou.

- Vem de uma vez, então.

Tirei minha camisola entrei no box me juntando a Luan, dei um beijo nele, mais não passou disso. Tomamos um banho comportado, Luan saiu primeiro e eu logo depois, cheguei no quarto e ele colocava sua cueca por baixo da toalha, fui até minha mala e tirei um vestido simples, me troquei rápido no banheiro e voltei para o quarto penteando meus cabelos, Arthur já acordava.

- Olha quem acordou, rapaz. Bora lá em baixo comer, amor, já vamos. – Luan falava assim que saí do banheiro, Arthur se espreguiçava com sua bendita chupeta na boca. 

- Vamos sim.

Troquei Arthur rápido e Luan o pegou no colo, descemos e todos ainda estavam na mesa almoçando, arrumamos um prato cada um e nos juntamos a eles. Depois do almoço Luan desceu com nossas malas enquanto eu limpava Arthur que tinha se sujado um pouco com a comida, nos despedimos deles, que prometeram nos visitar sempre e Amarildo nos levou até o aeroporto.

Chegamos em São Paulo e um carro já nos esperava, fui o caminho inteiro tentando descobrir para onde estávamos indo, logo me dei conta que estávamos a caminho de um dos melhores condomínios de São Paulo, minha suspeita foi confirmada quando vi uma placa no portão de entrada, olhei para Luan sorrindo, que retribuiu meu gesto. O carro parou em frente a uma mansão linda, de cor branca e já estava toda iluminada, Luan desceu primeiro do carro e o motorista colocou nossas malas na sala e logo se foi, Luan não me deixou entrar, primeiro quis que eu visse por fora direito.

- De quem esse carro ? – Fui em direção à garagem, tinha dois carros, vi que um era o meu e um outro diferente. 

- Meu, eu comprei. O outro não é muito legal para andar aqui e nem dá para andar com o Arthur nele né.

- É verdade, mais você gosta tanto dele. O que fez ?

- Deixei ele lá, quando formos para Londrina, eu mato a saudade dele.

- (risos) Só você, Luan.

- Bora entrar ?

- Já não era sem tempo.