Capítulo 122

- Quando chega ? Posso ? – Ela perguntou com a mão próxima a minha barriga e eu sorri concordando. 

- Mês que vem.

- Já ?

- Ainda. (risos) Estou ansiosa !

- Estou vendo. Mas é que anunciaram agora, ai parece que é já. 

- (risos) É. E você não quer nenhum ?

- Vamos com calma. (risos) Quem sabe esse ano mesmo chega. – Fiquei conversando com ela, que era um amor de pessoa e muito simpática. 

Logo nos juntamos aos outros que começaram a cantar, comemos e aos poucos Arthur foi se soltando.

Estava comendo um pedaço de carne, meu estômago embrulhou e minha cabeça rodou, me aproximei de Luan colocando a mão em seu ombro.

- O que foi, amor ?

- Não to me sentindo muito bem.

- Quer ir para casa ?

- Queria ...

- Vamos, então.

- Mas se você quiser ficar, amor ...

- Não ! Eu vou com você, só vamos nos despedir do pessoal.

Falamos com todos e eu disse que apenas estava cansada e com tontura. Fomos para casa e Luan me colocou na cama, me cobrindo e me dando um beijo logo em seguida . Disse que depois colocaria Arthur na cama .

Acordei no outro dia bem melhor e Luan já não estava mais do meu lado, me arrumei rápido e desci quase que correndo as escadas, com medo que ele já tivesse ido embora.

- Calma, muié ! Que pressa é essa ?– Luan estava sentado no sofá com Arthur. 

- Que alívio, amor. Pensei que já tinha ido. – Coloquei a mão do no peito, o fazendo ri. 

Me aproximei deles e beijei os dois, logo me sentando devagar e dando um longo suspiro.

- Eita ...

- (risos) Pesa, amor. Queria ver se fosse você. – Me referia a barriga. 

- Deus me livre ! – Ele fez careta e eu ri. 

Maria falou que o almoço já estava pronto e fomos para cozinha comer. Depois Luan foi para o quarto e apenas trocou sua roupa e colocou um boné e um óculos escuros. Desceu as escadas com sua mala na mão, me sentei no sofá desanimada.

- Que carinha é essa, meu amor ? – Ele selou nossos lábios. 

- Você ... Indo embora.

- Oh meu Deus. Eu vou logo !

- Promete ? – Fiz bico e ele mordeu. 

- Prometo.

- Te amo. – Sussurrei em seu ouvido enquanto o abraçava. 

- Eu que amo você.

Nos soltamos e Luan foi abraçar Arthur, a campainha tocou e eu abri a porta. A nova assessora de Luan entrou junto de Rober, Guto e Wel .

- Prazer conhecer você pessoalmente, linda sua barriga ! – Arleyde dizia sorrindo para mim. Era a primeira vez que viajava com Luan e o assessorava, ainda não tínhamos nos encontrado. 

- Prazer é meu. Cuida dele ! – Apontei para Luan e ela sorriu. 

- Pode deixar ! Vou cuidar do menino direitinho. – Luan se aproximou me abraçando pela ultima vez. 

Me sentei no sofá suspirando alto, quando eles se foram e Arthur, que brincava no tapete com seus carrinhos, me olhou. Sorri e o chamei com a mão, o apertando quando se aproximou.

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Passei o final de semana com o meu filho em casa mesmo, vendo filme e comendo besteira. Falava com Luan por skype e Arthur dizia o que eu estava comendo, o fazendo me dar uma bronca. Na segunda feira minha mãe chegou de manhã a minha casa, abracei ela com força e saudade. Estava aliviada por não ter que ficar tão sozinha e matando a saudade da minha mãe que eu não via há algum tempo. Fomos até a cozinha e nos sentamos à mesa para tomar café da manhã.

- E o pai, mãe ? – Perguntei enquanto comia. 

- Está bem, minha filha. Vem me buscar na sexta !

- Já ?

- Infelizmente ...

- Pelo menos, vou ver ele.

- É. Cadê o Arthur ?

- Ta no colégio.

- Vamos buscar ele depois, então ?

- Vamos sim !

Continuamos comendo, minha mãe perguntava as coisas que eu andava fazendo a Maria, como se fosse minha babá e ela estivesse viajando por um tempo, me fazendo ri.

Tomei um banho e me troquei, quando deu o horário de pegar Arthur e fomos até seu colégio. Ele saia de sua sala ao lado de Luíza, imundo como sempre e ria de alguma coisa com ela. Se despediu da menina quando nos viu e correu até minha mãe que o pegou no colo, peguei sua mochila e fomos para o carro.

- Vai ficar aqui, vovó ? – Perguntava ele dentro do carro. 

- Vou, meu amor ... Até sexta.

- Eba, faz bolinho pra mim ? – Falou com voz meiga de bebê e eu ri. 

- Claro que faço, meu amor.

Fomos até em casa com Arthur tagarelando, contava a minha mãe tudo que fazia e aprendia na escola. Cantava as musiquinhas também, nos fazendo ri.