Capítulo 127

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Abri os olhos lentamente e olhei para os lados, estava cansada e ainda suava um pouco. Então  me lembrei que estava em um hospital, passei a mão pela barriga e sorri por não estar mais tão grande.

Estava em casa sozinha com Arthur quando senti uma pontada, me sentei no sofá ao seu lado e encostei a cabeça no sofá, tentando fazer com que a dor parasse. Só então senti minhas pernas molharem e arregalei os olhos, quando olhei para baixo e vi que minha bolsa havia estourado. Peguei meu celular que estava em cima da mesa de centro e liguei para Maísa correndo, liberei sua entrada na portaria e em questão de segundos, estava na minha casa.

- Já faz tempo que sua bolsa estourou ? – Ela dizia se sentando ao meu lado, depois de ter ligado para minha mãe. 

- Não ...

- Vou pegar sua bolsa e da bebê. – Ela subiu as escadas correndo e a dor apertava. 

Já estava apreensiva, sabia que não podia demorar muito depois que a bolsa estourasse, afinal era médica.

- Vamos para o hospital.

- E Arthur ? – Olhei para ele, que nos olhava assustado. 

- Maria estava fazendo uns serviços extras por aqui e já está na porta.

- Sorte.

- Muita, agora vamos. Já seus pais chegam.

- Quero o Luan comigo.

- Vou avisar a ele também, fica calma.

Encontramos Maria na porta e fomos para o hospital, Maísa corria bastante em meu carro e eu mandava ela ter calma, parecia estar mais nervosa que eu.

Chegamos ao hospital, me colocaram em uma maca enquanto ela preenchia minha fixa. Minha médica já estava lá, fez alguns exames antes e disse que seria normal, como imaginava. Comecei a tremer de nervoso, queria Luan ali comigo. Me trocaram em questão de segundos e me levaram para a sala de parto, escutava as vozes dos médicos que estavam ali, falando para que eu fizesse força. Comecei a fazer força e o medo me consumia, olhava para porta a procura de alguém, mais nada.

Depois de algumas tentativas em vão, joguei a cabeça para trás respirando fundo, senti uma mão na minha e abri os olhos rápido. Luan sorria para mim, aliviei por inteira e sorri retribuindo seu gesto.  Segurei em sua mão, colocando toda força que eu tinha, logo escutamos um chorinho. Luan se aproximou da médica que segurava minha filha enquanto eu sorria, a peguei e senti seus lábios em minha testa, olhei para ele e agora ele beijava a cabeça da filha.

Escutei a porta se abrindo e olhei para mesma rápido.

- Tudo bem por aqui, mamãe ? – A enfermeira simpática perguntava, entrando no quarto. 

- Tudo bem ! – Sorri para ela. 

- Ótimo, então. Vou chamar o pessoal que está na sala esperando notícias e logo trago sua filhinha que já está com fome. – Ela saiu do quarto. 

Não demorou para que batessem na porta, Luan colocou a cabeça para dentro primeiro e eu sorri.

- Tudo bem, amor ? – Ele entrou e logo atrás vi sua mãe, seu pai, meus pais, Bruna e Rober.

- Tudo ótimo ! – Ele selou meus lábios de leve. 

- Pronta para outra, cunhada ? – Bruna sorriu se aproximando. 

- Também não. – Falei e eles riram. 

- Já vimos ela, filha ... Muito linda ! – Minha mãe disse e eu sorri. 

- Cadê Maísa, em ? – Perguntei quando não a vi dentro do quarto. 

- Então, ela teve que ir correndo para o trabalho. Coisa de ultima hora.

- Ah entendo ...

- Olha quem chegou, mamãe. – A mesma enfermeira entrou com uma manta rosa em seu colo. 

Estiquei meus braços sorrindo e a ajeitei em meu colo, todos se aproximaram.

- Ah, parece comigo. – Bruna disse.

- (risos) Parece sim. – Eu falei ainda a olhando. 

- Parece nada, parece comigo. – Luan disse e nós rimos. 

- Mas você são iguais. - Revirei os olhos.

Ficaram babando um pouco mais a pequena e a enfermeira pediu para que saíssem um minuto, para mim amamentá-la.

- Será que ainda sei como se faz ? - Ri.

- A gente nunca esquece. – Ela me ajudou a ajeitar Helena em meu colo e saiu, me deixando a sós com Luan. 

- Ta fazendo direitinho, amor. – Ele disse rindo. 

- (risos) Seu bobo !

Ficamos em silêncio apenas observando aquele momento da nossa filha, que ainda não tinha aberto os olhinhos e mamava com vontade.

Quando terminei de amamentá-la a enfermeira a levou de novo e disse que mais tarde a traria de volta, para dormir comigo. Todos entraram novamente e eu pedi para que fossem descansar, Luan insistiu para ficar comigo e eu concordei.