quinta-feira, 4 de julho de 2013

Capítulo 30


Andei sem esperar Luan, entrei no elevador e apertei o botão, Luan segurou a porta com a mão e entrou.
- O que deu em você, Ju ? Nunca foi assim com ninguém. – Ele disse me olhando com as mãos no bolso.
- É né, pra tudo tem sua primeira vez. – Sorri forçado e ele continuou me olhando.
- Não entendi mesmo ... Sério!
- Claro que você não entendeu, quem ficou plantada igual uma palhaça sentada, escutando conversinha de amiguinhos sendo ignorada foi eu, não você. – Eu disse já fervendo de raiva e sai do elevador, que já tinha aberto a porta.
Sentei na cama tirando meus sapatos e escutei a porta se fechar.
- Não gosto que trate mal as pessoas. – Luan disse eu parei o que fazia para olhá-lo.
- Eu não tratei ninguém mal, muito pelo contrário, fui bem simpática até.
- Ah, imagina... E aquela ironia toda ? – Ele também já estava ficando estressado.
- Foi só da minha parte ? – Me levantei.
- Ah! por favor, Juliana ...
- Por favor digo eu Luan, você está errado.
- Eu estou errado, em que ?
- Como em que ? Não me apresentou pra tal lá e me deixou sentada igual uma idiota. – Quase gritei.
- Fala baixo Juliana! O hotel inteiro não precisa saber que estamos brigando.
- Não quero saber ... Idiota, isso que você é. – Fui para o banheiro bufando e Luan foi atrás.
- Isso tudo é ciúmes ?
- Não é ciúmes ! – Gritei – você que arruma essas brigas sem noção.
- Eu ? Mais eu só tava conversando com uma amiga.
- Ta bom, tadinho de você né ? A errada sou eu. – Saí do banheiro e ouvi o suspiro de Luan.
Ouvi o barulho do chuveiro e me joguei na cama, fechando os olhos com força, escutei Luan me chamar e levantei com a cara fechada.
- O que ?
- Vish, calma! Só queria minha toalha.
- Vê se pega antes. – Saí do banheiro e peguei sua toalha.
Entrei e ele abriu o box sem se importar, já não tínhamos vergonha um do outro, joguei a toalha em sua cara e ele riu. Senti uma mão em meu braço antes de pegar na maçaneta da porta.
- Me solta Luan, você ta me molhando. – Tentava sair mais Luan me segurava.
- (risos) Olha pra mim, Ju. – Pegou meu rosto com as mão e fez com que eu olhasse para ele.
- Para de bobeira, eu amo você e odeio quando brigamos, desculpa ta ? – Ele disse olhando firme em meus olhos e eu respirei fundo.
- Ta bom, Luan.
- Não ta bom nada, olha pra mim e fala que me desculpa. Amo você sua boba, da próxima vez eu te apresento como a muié da minha vida tá ? – Ele riu e me deu selinho.
- Espero que não tenha próxima vez. – Continuou rindo e me puxou para o um beijo bom.
Deu vários beijos por meu rosto, descendo até minha boca, mordendo meus lábios.

*
Meu aniversário foi ótimo, comemos, dançamos e bebemos bastante. Já amanhecia quando voltamos para o hotel. Estava com sede por conta das bebidas e fui com Juliana até o restaurante do hotel para beber água, Bruna e meus pais foram para os seus quartos.
Estava bebendo água quando vi uma pessoa conhecida, que logo falou comigo, me lembrei, era Heloísa, uma modelo, que se tornou uma amiga, estava fora do país por um tempo e meses antes, tinha visto ela passar bem rápido, só deu tempo de nos cumprimentar, falei com ela sobre meu aniversário e ela disse que iria, logo tive que ir e depois disso não a vi mais. Começamos a conversar e confesso que esqueci da Ju sentada ali, escutamos um barulho de algo se quebrando, olhei para o chão e o poco com água que eu tinha deixado em cima da cadeira estava no chão, logo o garçom limpou.
Olhei para Ju, que estava com cara de entediada, ela se levantou e disse que já ia embora, falei que ia com ela, me despedi de Helo, que me perguntou se tinha banheiro por ali, falei que não sabia  e Juliana a indicou um.
Só então vi que tinha percebido a presença de Ju ali, perguntou se era minha prima e vi sua expressão mudar, respondi por ela que não, que era minha namorada. Heloísa disse que estava morando fora e Juliana deu um sorriso irônico, a repreendi com o olhar.
Subir no elevador e tentei conversar, mais Juliana é teimosa e logo saiu na frente, entrei no quarto já pensando no que iria acontecer.
Discutimos como a maioria das vezes por ciúmes, era raro brigarmos mais quase sempre era pelo mesmo motivo, ou era algo com ela ou comigo, as vezes achava lindo seu ciúmes, mais ela era estressada, sempre explodia e já gritava.
Tomei um banho depois daquilo e vi que estava realmente errado em não ter apresentado Juliana como minha namorada e ter deixado ela sentada, sozinha. Acabei meu banho e lembrei que não estava com a toalha ali, chamei Juliana que entrou no banheiro de cara fechada, pedi a toalha e abri o box, logo sinto algo em meu rosto, não consegui segurar e ri.
Já ia saindo, quando falei tudo que eu pensava e selei nossos lábios sendo retribuído, sorri entre o selinho que logo se transformou em um beijo, calmo .
Comecei a beijar sua boca com mais intensidade, logo mordi levemente seu queixo e desci passando por seu pescoço e beijando seu colo. Passava a minha língua suavemente sobre a pele dela e sentia a sua respiração falhar, tirei seu short e em seguida sua blusa, devagar a olhando fixamente.
A sentei na bancada do banheiro e tirei seu sutiã com calma, beijei seus seios com carinho, descendo para a barriga, arrepiou. Tirei sua calcinha devagar e ela desceu fazendo com que caísse no chão .
Entramos no chuveiro e a abracei forte, voltando a beijar sua boca, ouvi seu suspiro entre o beijo. Coloquei suas pernas em volta de mim e ela beijou meu pescoço com intensidade.
Nos amamos debaixo do chuveiro, nos secamos e fomos para o quarto, deitamos nus mesmo. Juliana me enlouquecia, a amava e não conseguia ter raiva dela, pelo contrário, tinha desejo nela a cada dia mais, sabia como me satisfazer como ninguém.

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