Capítulo 54

Bebi meu refrigerante e olhei para trás, ela se apoiava no ombro de Luan e ele não fazia nada, nem se mexia.

A noite passou assim, a tal de Sabrina em cima de Luan e ele não fazia nada, eu fingia não me importar. Fui até a cozinha pegar algo para beber e Luan estava lá com ela.

- É ali então, Lu ? – Ela apontou para uma porta.

- (risos) É sim. – Ela se foi. – Tá curtindo ? – Ele se aproximou de mim.

- Hum... Tô.

- Que cara é essa ?

- A minha de sempre.

- Depois fala que eu que sou grosso.

- Estou aprendendo com você.

- E está assim por que, posso saber ?

- Hum... Não, não pode. – Fui passar em sua frente, mais ele segurou meu braço.

- Fala o que você tem.

- Me solta por favor, com coisa que você se importa. Vai conversar com sua amiga e me deixa.

- (risos) Sério que é isso ? Já está ficando chato.

- Não perguntei se já está chato, a menina fica em cima de você a noite toda, você não faz nada e nem me dar atenção.

- É claro, você não fica perto de mim.

- Ata, ai eu vou pra perto de você e você me ignora na frente de todo mundo. Não obrigada, não quero pagar esse mico.

- Para de palhaçada ... – Luan me soltou assim que viu que ela voltava.

O fuzilei com os olhos e saí dali. Não falei mais com Luan e nem ele fez questão de puxar assunto. No outro dia fui embora ainda sem falar com ele.

                                                            { Um mês depois }

Estava em casa deitada, não passava muito bem e minha mãe fazia uma sopa para mim na cozinha.

- Está melhor, filha ? – Ela entrou no quarto com uma bandeja nas mãos.

- Um pouco, mãe.

- Estou preocupada.

- Não fica, é normal. – Tentei comer a sopa mais não consegui.

Comecei a sentir umas pontadas e fechei os olhos com força.

- O que houve, filha ?

- Dor, mãe .

- Vamos para o hospital.

- Ai! - As dores aumentaram e nem consegui me trocar, minha mãe ligou para Maísa que por sorte estava em casa, seguimos para o hospital. Me levaram para um quarto, troquei a roupa com muito custo e as dores só aumentavam.

- Fica calma moça, seu filho quer chegar. – Marina me examinava.

- Já ?

- Já nada, ele já está aí a nove meses. - As contrações vieram com pouco intervalo de tempo e me levaram para a sala de parto.

- Não vou conseguir.

- Vai sim, só fazer força. - Tentei toda a força que pude, mais realmente não estava conseguindo e segundo a doutora não era por falta de dilatação e o bebê estava na posição certa, doido para sair.

- Vamos para sala de cirurgia, então. - Me levaram para sala de cirurgia e me fizeram uma cesária, consegui ver meu filho antes dos meus olhos pesarem.

Quando abri os olhos de novo, ainda estava cansada, só que mais relaxada, olhei ao redor e minha mãe e Maísa estavam do meu lado.

- Cadê meu filho ?

- (risos) Já vem filha, calma! Você esta bem ?

- Melhor impossível, mãe. Quero ver meu filho logo! – Fiz bico e ri.

Acabei de falar e ouvimos a porta se abrir, olhamos para mesma.